O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha o preço da cesta básica informado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e, em especial na capital Campo Grande, procura informar a sociedade qual o reflexo de alterações no preço da cesta básica no bolso dos trabalhadores. Segundo o Dieese (2022) o valor da cesta básica em Campo Grande, atualizado em Novembro, atingiu R $738,53. No mês anterior o gasto foi de R$733,65, ou seja, houve uma variação de 0,67% no valor da cesta em comparação a Outubro de 2022. De forma comparativa, a variação que ocorreu nos últimos doze meses foi de 14,47%. A tabela 1 mostra os preços da cesta básica na capital de Campo Grande, bem como suas variações.

TABELA 1– Gasto Mensal – Total da Cesta de Agosto/2021 à Novembro/2022

Fonte: DIEESE (2022).

    De acordo com a tabela 2, o valor da cesta básica compromete mais da metade da renda líquida, chegando a 65,88% de um salário mínimo que é de R$1.212,00. A cesta básica da capital ficou em quinto lugar novamente como a mais cara do país, ficando atrás apenas de São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Rio de Janeiro. As informações são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

TABELA 2– Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos – Custo e variação da cesta básica em 17 capitais – Brasil – Novembro de 2022

Fonte: DIEESE (2022).

    Com base na cesta mais cara que, em Novembro, foi a de São Paulo, o Dieese (2022). apresentou variação positiva de 2,69% em relação a Outubro, a mais cara do país, o trabalhador de São Paulo, remunerado pelo salário mínimo de R$1.212,00, precisou trabalhar 142 horas e 04 minutos para adquirir a cesta básica. Em Campo Grande o tempo de trabalho mínimo necessário foi de 134 horas e 04 minutos.

    O aumento no mês de Novembro se deu do tomate  (8,65%),foi comercializado a R$ 6,03 o quilo , logo depois seguem com alta  a batata (4,32%), manteiga (2,52%), arroz agulhinha (1,41%), açúcar cristal (0,52%) e farinha de trigo (0,41%). Os alimentos que sofreram retração foram o pão francês (-1,12%), feijão carioquinha (-0,99%), da banana (-0,43%) interrompendo os cinco meses de altas, mas com preço médio elevado ainda para os consumidores.

Referências

DIEESE. Custo da cesta básica aumenta nas capitais do Centro-Sul. Disponível em: <https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2022/202211cestabasica.pdf>. Acesso em: 07 de dezembro de 2022.

Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:

Joselaine Fachinello Borges e Ludmila Regina Velozo de Camargo. Acadêmicas do 8º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.Orientação Prof. Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.

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