MERCADO DE TRABALHO EM CAMPO GRANDE NOS MESES DE MAIO E JUNHO DE 2024
O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:
- Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
- Uma dona de casa que não trabalha fora;
- Uma empreendedora que possui seu próprio negócio;
- Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.
Em Mato Grosso do Sul, o mês de Maio, fechou com um saldo de 1.932, mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, uma variação equivalente a 0,29% em relação a Abril, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho. No ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 9º no saldo de vagas de Campo Grande. Na capital, chegou ao número de 12.706 admissões enquanto o desligamento foi de 11.402, com variação relativa de 0,53% do mês anterior.
TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Maio de 2024
Fonte: Novo Caged (2024)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 438 novos empregados e desligados 287, uma variação de 2,90%. No comércio foram admitidos 3.435 e desligados cerca de 3.249 com uma variação de 0,31%. O setor da indústria admitiu 1.256 pessoas e destruiu 1.044 empregos, uma variação relativa de 0,81%. Na área de serviços foram criados 6.304 novos vínculos empregatícios e destruiu 5.829 empregos, uma variação de 0,34%. E a construção contratou novos 1.273 empregados e desligou 993, demonstrando uma variação de 1,90%. Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações.
O saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de Junho fechou em 1.645, mostrando que ocorreu um movimento equivalente a 0,24% em relação à movimentação dos postos de trabalho em Maio. Em termos de ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 12º no saldo de vagas no mês de Junho. A capital no mês, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de 11.615 admissões, enquanto o de desligamento foi de 11.134, deixando um saldo positivo de 481 postos de trabalho, com uma variação relativa de 0,19% do mês anterior. Dos setores do grande agrupamento, todos fecharam com saldo positivo.
TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Junho de 2024
Fonte: Novo Caged (2024)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 285 novos empregados e desligados 351, uma variação de -1,24%. No comércio foram admitidos 3.135 e desligados cerca de 3.131, com uma variação relativa positiva de 0,01%. O setor da indústria admitiu 1.179 pessoas e destruiu 1.080 empregos, deixando uma variação relativa de 0,38%. Na área de serviços foram criados 5.907 novos vínculos empregatícios e destruídos 5.580 empregos, uma variação de 0,23%. E a construção contratou novos 1.109 empregados e desligou 992, restando um saldo positivo de 117, com uma variância de 0,78%. Os dados do CAGED podem ser modificados no próximo mês, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 04 de Agosto de 2024.
Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:
Janaína Santos Holsbach. Acadêmica do 4º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.
Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.