Mercado de trabalho em Campo Grande nos meses de janeiro e fevereiro de 2023

Postado por: BRUNO FERREIRA CAETANO

    O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:

  • Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
  • Uma dona de casa que não trabalha fora;
  • Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
  • Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.

     Em Mato Grosso do Sul, o mês de Janeiro, fechou com um saldo de 4.669, mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, uma variação equivalente a 0,78% em relação a Dezembro, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho. No ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 7º no saldo de vagas no mês de Janeiro, muito elevado e distante de outros estados do Brasil, com um aumento no setor da agropecuária, que pela forte movimentação da colheita da soja, acaba contratando um contingente maior no início do ano, graças a um impulso com as obras da fábrica da Suzano, que impulsionou o setor da construção civil e imobiliário na cidade, o maior número de empregos gerados foi em Ribas do Rio Pardo. Na capital, o mês de Janeiro, chegou ao número de 11.217 admissões, enquanto o de desligamento foi de 11.115, com uma variação relativa de 0,05% do mês anterior. De todos os grandes grupamentos, comércio e serviços ficaram com saldo negativo no mês, como pode-se observar na tabela 1.

 

TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Janeiro de 2023

Fonte: Novo Caged (2023).

 

    Na agropecuária foram admitidos na cidade 295 novos empregados e desligados 213, uma variação de 2,06%. No comércio foram admitidos 2.944 e desligados cerca de 3.324 com uma variação negativa de -0,67%. O setor da indústria admitiu 1.105 pessoas e destruiu 916 empregos, uma variação relativa de 0,80%. Na área de serviços foram criados 5.810 novos vínculos empregatícios e destruiu 5.823 empregos, uma variação de -0,01%. E a construção contratou novos 1.063 empregados e desligou 839, demonstrando uma variação de 1,80%. Em Campo Grande, o setor da construção civil liderou as contratações.

    O saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de Fevereiro foi o com menor crescimento desde 2020 no quesito contratação, fechando em 5.688, mostrando que ocorreu um movimento equivalente a 0,95% em relação à movimentação dos postos de trabalho em Janeiro. No acumulado entre Janeiro e Fevereiro, o MS ocupa o 11º lugar no país na geração de empregos formais. O município de Ribas do Rio Pardo apresentou o melhor resultado com geração de 2.717 empregos formais. A capital ficou novamente em segundo lugar na geração de emprego no estado, o mês de Fevereiro, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de 11.642 admissões, enquanto o de desligamento foi de 10.396, deixando um saldo positivo de 1.246 postos de trabalho, com uma variação relativa de 0,56% do mês anterior. Dos setores do grande agrupamento todos apresentaram saldos positivos.

 

TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Fevereiro de 2023

Fonte: Novo Caged (2023).

 

    Na agropecuária foram admitidos na cidade 216 novos empregados e desligados 190, uma variação de 0,64%. No comércio foram admitidos 3.098 e desligados cerca de 3.090, com uma variação relativa de 0,01%. O setor da indústria admitiu 1.208 pessoas e destruiu 961 empregos, deixando uma variação relativa de 1,04%. Na área de serviços foram criados 6.123 novos vínculos empregatícios e destruídos 5.332 empregos, uma variação de 0,63%. E a construção contratou novos 997 empregados e desligou 823, restando um saldo positivo de 174, com uma variância de 1,38%. Os dados do CAGED podem ser modificados no próximo mês, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.

 

Referências

BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 31 de Março de 2023.

Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:

Ludmila Regina Velozo de Camargo. Acadêmica do 9º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.

Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.

 

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