MERCADO DE TRABALHO EM CAMPO GRANDE NOS MESES DE JULHO E AGOSTO DE 2023
O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:
- Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
- Uma dona de casa que não trabalha fora;
- Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
- Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.
Em Mato Grosso do Sul, o mês de Julho, fechou com um saldo de 2.386, mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, uma variação equivalente a 0,38% em relação a Junho, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho. No ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 12º no saldo de no mês de Julho. Na capital, chegou ao número de 11.515 admissões, enquanto o desligamento foi de 11.468, com uma variação relativa de 0,02% do mês anterior.
TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Julho de 2023
Fonte: Novo Caged (2023)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 347 novos empregados e desligados 179, uma variação de 3,57%. No comércio foram admitidos 3.399 e desligados cerca de 3.126 com uma variação de 0,46%. O setor da indústria admitiu 1.026 pessoas e destruiu 1.017 empregos, uma variação relativa de 0,04%. Na área de serviços foram criados 5.723 novos vínculos empregatícios e destruiu 6.104 empregos, uma variação de -0,28%. E a construção contratou novos 1.020 empregados e desligou 1.042, demonstrando uma variação de -0,16%. Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações.
O saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de Agosto fechou em 3.226, mostrando que ocorreu um movimento equivalente a 0,52% em relação à movimentação dos postos de trabalho em Julho. Em termos de ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 17º no saldo de vagas no mês de Agosto. A capital no mês, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de 12.972 admissões, enquanto o de desligamento foi de 12.079, deixando um saldo positivo de 893 postos de trabalho, com uma variação relativa de 0,37% do mês anterior. Dos setores do grande agrupamento, apenas a construção fechou com saldo negativo.
TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Agosto de 2023
Fonte: Novo Caged (2023)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 356 novos empregados e desligados 258, uma variação de 2,01%. No comércio foram admitidos 3.833 e desligados cerca de 3.500, com uma variação relativa positiva de 0,56%. O setor da indústria admitiu 1.255 pessoas e destruiu 1.156 empregos, deixando uma variação relativa de 0,38%. Na área de serviços foram criados 6.402 novos vínculos empregatícios e destruídos 6.030 empregos, uma variação de 0,27%. E a construção contratou novos 1.126 empregados e desligou 1.135, restando um saldo negativo de -9, com uma variância de -0,06%. Os dados do CAGED podem ser modificados no próximo mês, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 08 de Julho de 2024.
Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:
Janaína Santos Holsbach. Acadêmica do 3º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.
Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.