Mercado de trabalho em Campo Grande nos meses de janeiro e fevereiro de 2022

Postado por: BRUNO FERREIRA CAETANO

    O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado mensalmente pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária.

    Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:

  • Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
  • Uma dona de casa que não trabalha fora;
  • Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
  • Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.

    Em Campo Grande, 2022 começou com o estoque dos empregos formais gerados no ano anterior de 214.387, já em janeiro de 2022 o número de admissões foram de 10.469, o de desligamentos chegou a 9.752, deixando assim um saldo positivo de 717 postos de trabalho, uma variação relativa de 0,34% em comparação a janeiro de 2021. Setores como comércio e agropecuária passaram por recuo, onde o número de desligados superou o de admissões. Na agropecuária foram admitidos na cidade 128 empregados e desligados 170, uma variância de -1,13%, deixando um saldo negativo no mês de -42. No comércio foram admitidos 2.698 e desligados cerca de 2.932, deixando um saldo negativo de -234 empregos, com uma variação relativa de -0,42%.  Tanto os setores de serviços, construção e indústria na cidade continuaram com saldos positivos.

TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Janeiro de 2022

Fonte: Novo Caged (2022)

    No mês de fevereiro, de acordo com a tabela 2, o grande grupamento de atividade econômica já teve saldos positivos em todos os ramos, o setor de serviços continuou com o grande número de admissões com 6.902 nos empregos, mas o número de desligados foi de 5.376, mesmo assim ficou com um saldo positivo de 1.526, tanto a agropecuária quanto a indústria na cidade tiveram um saldo mínimo, mas positivo.

    Foram 139 admitidos e 129 desligados na agropecuária, deixando um saldo de 10, enquanto a indústria admitiu cerca de 873 e desligou 836, deixando um saldo positivo de 37. Tanta construção, como o comércio, se mantiveram em crescimento não tão tímido como os dois outros setores apresentados, foram admitidos na construção 969 e desligados 727, deixando assim um saldo de 242, uma variação de 1,96%, enquanto o comércio contratou 2.954 e desligou 2.692, deixando um saldo de 262, uma variância de 0,48%.

TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Fevereiro de 2022

Fonte: Novo Caged (2022)

    Comparando o mês de fevereiro a janeiro é observado a recuperação de alguns setores que empregaram mais no referido mês, como o setor de serviços, comércio, construção e agropecuária. Apesar desses setores apresentarem maior desligamentos em fevereiro do que em janeiro, ainda se observa saldo positivo de empregos. O setor industrial empregou, apesar, de ter variação positiva, no mês de fevereiro empregou menos do que no mês anterior. No entanto, é sempre importante lembrar que o mercado de trabalho reflexo o andamento da economia.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 4 de abril de 2022.

IBGE. PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?=&t=o-que-e>. Acesso em: 4 de abril de 2022.

 

Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:

Joselaine Fachinello Borges e Ludmila Regina Velozo de Camargo. Acadêmicas do 7º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.

Supervisão Profa. Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.

luciane.carvalho@ufms.br

VERSÃO EM PDF

Compartilhe:
Veja também