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    O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:

• Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
• Uma dona de casa que não trabalha fora;
• Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
• Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.

    Em Mato Grosso do Sul, no mês de Novembro, fechou com um saldo de 1.758, mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, uma variação equivalente a 0,29% em relação a Outubro, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho. No acumulado do ano, o MS ocupa o 15º lugar no país na geração de empregos formais. O maior número de empregos gerados foi novamente na cidade de Campo Grande. Na capital, o mês de Novembro, de acordo com a tabela 1, chegou ao número de 10.660 admissões, enquanto o de desligamento foi de 9.634, com uma variação relativa de 0,46% do mês anterior. De todos os grandes grupamentos, a construção civil e a indústria ficaram com saldo negativo no mês.

TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Novembro de 2022

Fonte: Novo Caged (2023).

    Na agropecuária foram admitidos na cidade 169 novos empregados e desligados 150, uma variação de 0,48%. No comércio foram admitidos 3.509 e desligados cerca de 2.830 com uma variação relativa de 1,17%. O setor da indústria admitiu 775 pessoas e destruiu 795 empregos, uma variação relativa de -0,09%. Na área de serviços foram criados 5.349 novos vínculos empregatícios e destruiu 4.982 empregos, uma variação de 0,29%. E a construção contratou novos 858 empregados e desligou 877, demonstrando uma variação de -0,14%. Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações por mais um mês.

    O saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de Dezembro apresentou retração que já se é esperado para esse período do ano, fechando em -6.621, mostrando que ocorreu um movimento equivalente a -1.09% em relação à movimentação dos postos de trabalho em Novembro. No acumulado do ano, entre Janeiro até Dezembro, o MS ocupa o 15º lugar no país na geração de empregos formais. O maior número de empregos gerados no ano foi na cidade de Campo Grande. Na capital, o mês de Dezembro, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de 8.220 admissões, enquanto o de desligamento foi de 9.789, deixando um saldo negativo de -1.578 postos de trabalho, com uma variação relativa de -0,70% do mês anterior. Dos setores do grande agrupamento todos apresentaram saldos negativos.

TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Dezembro de 2022

Fonte: Novo Caged (2023).

    Embora nenhum dos grandes setores tenha apresentado saldo positivo no mês, nos últimos doze meses ocorreu uma geração de 12.861 empregos formais. Na agropecuária foram admitidos na cidade 116 novos empregados e desligados 191, uma variação de -1,89%. No comércio foram admitidos 2.795 e desligados cerca de 2.854, com uma variação relativa de -0,10%. O setor da indústria admitiu 568 pessoas e destruiu 854 empregos, deixando uma variação relativa de -1,10%. Na área de serviços foram criados 4.242 novos vínculos empregatícios e destruiu 5.077 empregos, uma variação de -0,66%. E a construção contratou novos 499 empregados e desligou 854, restando um saldo negativo de -355, com uma variância de -2,64%. Os dados do CAGED podem ser modificados no mês seguinte, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.

Referências

BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 31 de Janeiro de 2023.

Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:

Ludmila Regina Velozo de Camargo. Acadêmica do 9º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.

Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.

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