MERCADO DE TRABALHO EM CAMPO GRANDE NOS MESES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2023
O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:
- Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
- Uma dona de casa que não trabalha fora;
- Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
- Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.
Em Mato Grosso do Sul, o mês de Novembro, fechou com um saldo de 1.810, mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, uma variação equivalente a 0,27% em relação a Outubro, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho. No ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 14º no saldo de vagas de Novembro. Na capital, chegou ao número de 11.886 admissões enquanto o desligamento foi de 10.546, com variação relativa de 0,55% do mês anterior.
TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Novembro de 2023
Fonte: Novo Caged (2023)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 309 novos empregados e desligados 307, uma variação de 0,04%. No comércio foram admitidos 3.812 e desligados cerca de 3.046 com uma variação de 1,27%. O setor da indústria admitiu 981 pessoas e destruiu 914 empregos, uma variação relativa de 0,26%. Na área de serviços foram criados 5.872 novos vínculos empregatícios e destruiu
5.260 empregos, uma variação de 0,45%. E a construção contratou novos 912 empregados e desligou 1.019, demonstrando uma variação de -0,75%. Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações.
O saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de Dezembro fechou em -8.728, mostrando que ocorreu um movimento equivalente a -1,31% em relação à movimentação dos postos de trabalho em Novembro. Em termos de ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 15º no saldo de vagas no mês de Dezembro. A capital no mês, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de 8.597 admissões, enquanto o de desligamento foi de 10.972, deixando um saldo negativo de -2.375 postos de trabalho, com uma variação relativa de -0,97% do mês anterior. Dos setores do grande agrupamento, todos fecharam com saldo negativo.
TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Dezembro de 2023
Fonte: Novo Caged (2023)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 191 novos empregados e desligados 336, uma variação de -2,86%. No comércio foram admitidos 2.843 e desligados cerca de 3.054, com uma variação relativa positiva de -0,35%. O setor da indústria admitiu 755 pessoas e destruiu 991 empregos, deixando uma variação relativa de – 0,91%. Na área de serviços foram criados 4.301 novos vínculos empregatícios e destruídos 5.379 empregos, uma variação de -0,78%. E a construção contratou novos 507 empregados e desligou 1.212, restando um saldo negativo de -705, com uma variância de -4,95%. Os dados do CAGED podem ser modificados no próximo mês, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 09 de Julho de 2024.
Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:
Janaína Santos Holsbach. Acadêmica do 3º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.
Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.