MERCADO DE TRABALHO EM CAMPO GRANDE NOS MESES DE SETEMBRO E OUTUBRO DE 2023
O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:
- Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
- Uma dona de casa que não trabalha fora;
- Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
- Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.
Em Mato Grosso do Sul, o mês de Setembro, fechou com um saldo de 1.197, mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, uma variação equivalente a 0,29% em relação a Agosto, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho. No ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 21º no saldo de vagas de Setembro. Na capital, chegou ao número de 12.196 admissões, enquanto o desligamento foi de 10.812, com variação relativa de 0,58% do mês anterior.
TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Setembro de 2023
Fonte: Novo Caged (2023)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 294 novos empregados e desligados 265, uma variação de 0,58%. No comércio foram admitidos 3.308 e desligados cerca de 3.123 com uma variação de 0,31%. O setor da indústria admitiu 1.053 pessoas e destruiu 978 empregos, uma variação relativa de 0,29%. Na área de serviços foram criados 6.152 novos vínculos empregatícios e destruiu
5.538 empregos, uma variação de 0,45%. E a construção contratou novos 1.389 empregados e desligou 908, demonstrando uma variação de 3,46%. Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações.
O saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de Outubro fechou em 2.211, mostrando que ocorreu um movimento equivalente a 0,33% em relação à movimentação dos postos de trabalho em Setembro. Em termos de ranking nacional de empregos formais, o Estado seria o 17º no saldo de vagas no mês de Agosto. A capital no mês, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de
11.171 admissões, enquanto o de desligamento foi de 10.625, deixando um saldo positivo de 546 postos de trabalho, com uma variação relativa de 0,23% do mês anterior. Dos setores do grande agrupamento, apenas a construção fechou com saldo negativo.
TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Outubro de 2023
Fonte: Novo Caged (2023)
Na agropecuária foram admitidos na cidade 343 novos empregados e desligados 265, uma variação de 1,56%. No comércio foram admitidos 3.373 e desligados cerca de 2.970, com uma variação relativa positiva de 0,67%. O setor da indústria admitiu 1.000 pessoas e destruiu 963 empregos, deixando uma variação relativa de 0,14%. Na área de serviços foram criados 5.495 novos vínculos empregatícios e destruídos 5.459 empregos, uma variação de 0,03%. E a construção contratou novos 959 empregados e desligou 968, restando um saldo negativo de -9, com uma variância de -0,06%. Os dados do CAGED podem ser modificados no próximo mês, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 08 de Julho de 2024.
Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:
Janaína Santos Holsbach. Acadêmica do 3º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.
Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.