Mercado de trabalho em Campo Grande nos meses de março e abril de 2022
O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha as estatísticas do emprego em Campo Grande informado pelo Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED-MTE). Serão analisados cinco grandes grupos no geral: Indústria; Comércio; Serviços; Construção e Agropecuária. Para explicar sobre o mercado de trabalho é necessário explicar como se faz para definir empregado, desempregado e o estoque. As definições de estoque são de empregos formais, quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Segundo o IBGE, todos os que entram nas estatísticas de desemprego se referem às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) e a indivíduos que estão à procura de trabalho, e estão disponíveis. Pessoas que não podem ser consideradas desempregadas:
- Um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
- Uma dona de casa que não trabalha fora;
- Uma empreendedora que possui seu próprio negócio.
- Pessoas que não possuem emprego, mas que não tem procurado emprego nos últimos 30 dias.
De acordo com o Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados), o saldo de emprego formal em Mato Grosso do Sul, no mês de março, fechou em 5.661 mostrando assim as movimentações dos postos de trabalho durante o mês, aumento equivalente a 0,99% em relação a fevereiro, essas variações demonstram como muda de mês em mês as admissões e desligamentos no mercado de trabalho . Na capital, o mês de março, de acordo com a tabela 1, chegou ao número de 12.678 admissões, enquanto o de desligamento foi de 11.044 com uma variação relativa de 0,76% do mês anterior. Todos os setores do grande agrupamento ficaram com saldo positivo no mês de março, todos apesar dos desligamentos, continuaram a contratar em março.
TABELA 1– Mercado de trabalho em Campo Grande – Março de 2022

Fonte: Novo CAGED (2022).
Na agropecuária foram admitidos na cidade 175 novos empregados e desligados 163, uma variação de 0,32%. No comércio foram admitidos 3.233 e desligados cerca de 3.036, com uma variação relativa de 0,36%. O setor da indústria admitiu 933 pessoas e desfez 875 empregos, uma variação relativa de 0,26%. Na área de serviços foram criados 7.070 novos vínculos empregatícios e desmantelou 5.928 empregos, e uma variância de 0,95%. E a construção contratou novos 1.267 empregados e desligou 1.042, restando uma variação de Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações.
O saldo no mês de Abril fechou em 2.750, uma variação equivalente a 0,48% em relação a março. O maior número de empregos foi gerado na cidade de Campo Grande. Na capital, o mês de abril, de acordo com a tabela 2 chegou ao número de 10.686 admissões, enquanto o de desligamento foi de 10.051, com uma variação relativa de 0,29% do mês anterior. Dos setores de grande agrupamento ficaram com saldo positivo no mês de abril, apenas agropecuária, construção, comércio e serviços.
TABELA 2– Mercado de trabalho em Campo Grande – Abril de 2022

Fonte: Novo CAGED (2022).
Na agropecuária foram admitidos na cidade 197 novos empregados e desligados 175, uma variação de 0,59%. No comércio foram admitidos 3.114 e desligados cerca de 2.788,com uma variação relativa de 0,59%. O setor da indústria admitiu 814 pessoas e destruiu 933 empregos, uma variação relativa de 0,53%. Na área de serviços foram criados 5.520 novos vínculos empregatícios e destruiu 5.153 empregos, e uma variância de 0,30%. E a construção contratou novos 1.041 empregados e desligou 1.002, restando um saldo de 39 e uma variância de 0,30%. Em Campo Grande, o setor de serviços liderou as contratações novamente. Os dados do CAGED podem ser modificados no mês seguinte, já que os desligamentos e admissões podem ser encaminhados depois do prazo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://pdet.mte.gov.br/novo-caged?view=default>. Acesso em: 24 de Agosto de 2022.
Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:
Joselaine Fachinello Borges e Ludmila Regina Velozo de Camargo. Acadêmicas do 8º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.
Orientação à Profa. A Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.

