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O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha o preço da cesta básica informado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e, em especial na capital Campo Grande, procura informar a sociedade qual o reflexo de alterações no preço da cesta básica no bolso dos trabalhadores. Segundo o Dieese (2025) o valor da cesta básica em Campo Grande, atualizada em Fevereiro, atingiu R$773,95. Em Janeiro o gasto foi de R$764,24, ou seja, houve uma variação de 1,27% no valor da cesta em comparação. O quadro 1 mostra os preços da cesta básica na capital de Campo Grande.

QUADRO 1– Gasto Mensal – Fevereiro/2024 à Fevereiro/2025

Fonte: DIEESE(2025)

De acordo com a tabela 1, o valor da cesta básica compromete mais da metade da renda líquida (já com desconto do INSS), chega a 55,12% de um salário mínimo que sofreu reajuste em Janeiro de 2025 no valor de R$1.518,00. A capital subiu para quarto lugar como uma das mais caras do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. As informações são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

TABELA 1– Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos – Custo e variação da cesta básica em 17 capitais – Brasil – Fevereiro de 2025

Fonte: DIEESE(2025)

Com base na cesta mais cara que, em Fevereiro, foi a de São Paulo, segundo o Dieese (2025), o trabalhador remunerado pelo salário mínimo de R$1.518,00, mesmo com o reajuste no salário mínimo, precisou trabalhar 125 horas e 43 minutos para adquirir a cesta básica. Em Campo Grande, o tempo de trabalho mínimo necessário foi de 112 horas e 10 minutos, uma diminuição do tempo necessário comparado ao mês anterior.

A batata (14,18%) foi o alimento que registrou a variação mais expressiva na capital morena em fevereiro, revertendo o bimestre de quedas expressivas, enquanto os preços do tomate (11,47%) seguem a alta registrada no mês anterior. Alimentos que compõem a pauta de exportação, assim como a soja, café (6,76%) e carne bovina (1,11%) registraram altas em fevereiro. O feijão carioquinha (-5,35%) registrou nova queda de preços e o arroz agulhinha não registrou variação. O óleo de soja (-3,4%) manteve a queda registrada em janeiro. Ao contrário do que foi notado no mês anterior, o preço do leite registrou alta (1,53%), e a manteiga (-0,66%) apresentou queda.

REFERÊNCIAS

DIEESE. Custo da cesta aumenta em 14 capitais em fevereiro. Disponível em: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2025/202502cestabasica.pdf. Acesso em: 12 de Março de 2025.

Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:

Maria Fernanda Santos Carvalho. Acadêmica do 5° período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.

Orientação Prof. Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas- Esan/UFMS.

Agradecimento a equipe do DIESSE-MS.

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