Preço da cesta básica em Campo Grande em novembro de 2021
O Observatório de Economia da UFMS (OBECON) acompanha o preço da cesta básica informado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e, em especial na capital Campo Grande e, procura informar a sociedade qual o reflexo de alterações no preço da cesta básica no bolso dos trabalhadores.
Segundo o Dieese (2021), o valor da cesta básica em Campo Grande, atualizado em novembro, atingiu R$ 645,17. Em comparação ao ano passado, o consumidor desembolsou cerca de R$ 589,08, um aumento de R$ 56,09. O preço da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, custa em média R$1.935,51, referente a novembro de 2021.
TABELA 1 – Gasto Mensal – Total da Cesta de nov/2020 à nov/2021

Fonte: adaptado pelas autoras a partir de DIEESE (2021)
Em novembro houve queda de 1,26% no preço da cesta básica comparando ao mês passado que foi de R$ 653,40. A capital Campo Grande teve a segunda redução mais significativa, mais mesmo com essa redução a capital ainda ocupa a sexta posição mais cara, de acordo com IBGE (2021), conforme a tabela 2.
TABELA 2 – Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos – Custo e variação da cesta básica em 17 capitais – Brasil – novembro de 2021

Fonte: DIEESE (2021)
O valor da cesta básica compromete mais da metade do salário mínimo, chegando a 63,41% e, no ano, a variação foi de 11,92%. As informações são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada DIEESE, (2021).
Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, o Dieese (2021) estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o valor do piso atual, de R$1.100,00. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$5.886,50, ou 5,35 vezes o piso em vigor.
Em Campo Grande, o preço subiu 9,52% em 12 meses, dessa forma, um campo-grandense, para conseguir comprar a cesta básica, precisa trabalhar cerca de 129h02m. A cesta básica é composta por 13 itens essenciais, cuja quantidade pode variar de acordo com a região do Brasil: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga. Os produtos que mais aumentaram de acordo com dados do Dieese (2021) foram: manteiga (0,20%), pão francês (1,01%), farinha (3,13%), óleo de soja (3,22%), banana (3,67%), açúcar (6,39%) e café em pó (8,19%). Alguns produtos apresentaram reduções no preço, sendo: arroz agulhinha (-0,47%), feijão carioquinha (-1,09%), batata (-1,83%), carne bovina (-2,19%), leite (-3,12%) e o tomate (-9,48%).
Por isso é importante estar atento aos cenários econômicos que podem contribuir para oscilações, seja negativa ou positiva, como por exemplo a valorização do dólar, além disso, os fenômenos naturais também podem trazer variações de preços, caso haja algum fato que comprometa a oferta.
REFERÊNCIAS
DIEESE. Em novembro, custo da cesta aumenta no Norte e no Nordeste. Disponível em: <https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2021/202111cestabasica.pdf>. Acesso em: 10 de dezembro de 2021
EXTRA CLASSE. Custo da cesta básica aumenta em novembro no Norte e
Nordeste. Disponível em: <https://www.extraclasse.org.br/economia/2021/12/custo-da-cesta-basica-aumenta-em-novembro-no-norte-e-nordeste/>. Acesso em: 11 de dezembro de 2021.
ALVES, Gláucia. Lista com os alimentos mais caros encontrados na cesta básica em novembro. FDR. Disponível em: <https://fdr.com.br/2021/12/09/lista-com-os-alimentos-mais-caros-encontrados-na-cesta-basica-de-novembro/>. Acesso em: 11 de dezembro de 2021.
Texto elaborado pela equipe do eixo de economia regional:
Joselaine Fachinello Borges e Ludmila Regina Velozo de Camargo. Acadêmicas do 7º período do curso de Ciências Econômicas- Esan/UFMS.
Orientação Profa. Dra. Luciane Carvalho do curso de Ciência Econômicas – Esan/UFMS